OLHO, PARA O CORPO LINDO DA MINHA MULHER

Olho, para o corpo lindo da minha mulher, 
Da minha, muito querida, mulher ardente, minha fada.
Vejo, que loucamente finge, que nada de mim quer, 
Quando é, sem demonstrar, por mim apaixonada.

Seus olhos castanhos são, de um simples ser,
Que me encantam, ao brilho dos meus, encantada. 
De um não querer mais, olhar, por mais, querer,
Que me prendem, me amarram, numa golpada.

Hoje, já não sei, a bem saber, sem ela viver,
Sem a minha querida mulher, minha namorada,
Preferia, a mal a mim, por bem meu, morrer;

Reduzido, a cinzas, a pó, ao vento, a nada,
Por quem me mate a dor, o temor, sem sentir sofrer, 
Que a ver, angustiado, meu amor, minha amada.

autor
António Almeida

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