PAI MEU. OH!... MEU PAI

Pai meu. Oh!... meu pai, querido, amado,
De corpo e mente rogado, cabelos grisalhos.
Hoje é o teu dia, dia do pai, comemorando;
Parabéns!.. mestre amigo adorado,
Muita raíz, muitos galhos.

António Almeida

 


TANTAS NOITES SÓ
TANTAS NOITES DE LUAR


Tantas noites só, tantas noites de luar,
No ar, há sempre momentos nossos a recordar.
Momentos ardentes, momentos de delirar,
Que me faz feliz, que me faz sonhar.

E de repente, em meu corpo vens pousar,
Curvada sobre mim, com gemidos de endoidar.
Indiferente a tudo, indiferente a me lembrar,
O tempo que passam, sem o ver passar.

E tenho-te assim! Vejo o teu olhar,
Junto ao meu, duas estrelas cadentes a brilhar,
Que me deixam horas em brasa a delirar.

Dentro de ti, dentro do devaneio a voar,
Vagabundo, que te jurou um dia sempre amar,
Que só em sonho hoje te pode alcançar.

autor
António Almeida
Apenas, 
Só quem sabe plantar.
Árvores grandes ou pequenas, 
Das que se plantam ás centenas, 
Sabe como as alimentar.

autor
António Almeida
Amo-te, quero-te, 
E não te sei explicar... 
Quero-te, porque amo-te, 
E não me sei expressar... 

 autor 
António Almeida
Porque será, que te amo? 
De olhos erguidos, a arder em chama, 
E tudo o que me fazes, sem drama, não clamo. 
Em indulgência, por amor, nem reclamo,
Muitas vezes, com o coração na lama. 

 autor 
António Almeida
Todos nós temos um querer... 
Paz e amor, foi o que eu sempre quis.
Aqui!... a li!... lá!... além!... viver...
Sem pensar quando irei morrer,
Nem temor de ser feliz.

autor
António Almeida

OLHO, PARA O CORPO LINDO DA MINHA MULHER

Olho, para o corpo lindo da minha mulher, 
Da minha, muito querida, mulher ardente, minha fada.
Vejo, que loucamente finge, que nada de mim quer, 
Quando é, sem demonstrar, por mim apaixonada.

Seus olhos castanhos são, de um simples ser,
Que me encantam, ao brilho dos meus, encantada. 
De um não querer mais, olhar, por mais, querer,
Que me prendem, me amarram, numa golpada.

Hoje, já não sei, a bem saber, sem ela viver,
Sem a minha querida mulher, minha namorada,
Preferia, a mal a mim, por bem meu, morrer;

Reduzido, a cinzas, a pó, ao vento, a nada,
Por quem me mate a dor, o temor, sem sentir sofrer, 
Que a ver, angustiado, meu amor, minha amada.

autor
António Almeida
AMO-TE MUITO MEU GRANDE AMOR NÃO CHORES

Amo-te muito... meu grande amor... não chores,
O homem, nasce e morre, tem uma vida só, somente.
Amo-te muito, minha amiga, mulher, amante, sem dores,
Mais, que a lágrima, que na tua face corre, demente.

Amo-te, enfim, num clamor, não tenho temores,
E te amo muito... e te amarei... além... lá... identicamente.
Amo-te, por fim, abalando de vaidade, dos teus lindos, valores,
Levando-os, em mim,  para a eternidade, feliz e contente.

Amo-te muito, sem cultos, crenças, fé, sem flores;
Amo-te muito, como um animal, sem mistérios, simplesmente;
Amo-te muito, porque te amo e te amo, como tantos amores.

E assim, irei, ser pó, cinzas, nada, na terra presente;
Que em cada dia, um dia novo nasce, com mais lindas cores;
Alegre sejas, meu amor! Eu te amarei incondicionalmente.

autor
António Almeida

NÃO VENCI, ESTE AMOR LOUCO, POR TI, MEU

Não venci, este amor louco, por ti, meu,
Desde o dia, em que numa manhã fria, partiste.
E mais, que eu te pedisse. - Amor! Não vás, saíste;
Mil vezes desejando, não voltar mais, a ser teu.

Livre, sereno, a aurora num clarão nasceu,
Tendo o meu olhar, húmido, desgostoso, e triste.
Por não te ver, não te ter, meu corpo te perdeu,
E apenas sentir, o sonho, que me destruíste.

Estando só, vivendo outra vida, que cresceu;
Pensando, não ter mais, este amor que possuíste;
Voltas tu, só, por ti, e meu amor renasceu.

Contente, louvei o momento, que concluíste;
Renovando, esta paixão, por ti, que não proveu;
Hora que senti sarada, a ferida que contraíste.

autor
António Almeida
Aos amigos de ontem
...................... e aos amigos de hoje;
Aos amigos de perto
..................... e aos amigos de longe;

Aos amigos que todos os dias vejo
e aos amigos que raramente encontro;
Aos amigos das horas mais difíceis
e aos amigos das horas mais alegres;

A todos aqueles que já passaram pela minha vidas,
e a todos aqueles que de longe ou de perto ainda permanecem:

Desejo; muita saúde, paz, amor, alegria e dinheiro.

    Com todo o meu amor;
MEU CARINHO SEMPRE
     FELIZ ANO NOVO

       António Almeida
ANO VELHO VAI, O NOVO, ESTÁ HÁ PORTA 

Ano velho vai, o Novo, está há porta: 
Não chores mais, não, os erros cometidos;
Chega de desculpas, atitudes, já nada importa;
Bate a Meia-noite, saí, basta de gemidos.

Erram todos, mas isso não me conforta.
Razões, destino, não são argumentos válidos,
Com essas falhas, sim, a felicidade estará morta,
Que oiça-se, os sepulcros, obscurecidos.

Os sentidos traíram-te, esquece, corta,
De parte adversa, melhor isentos, desconhecidos,
Se contra mim, em mim, mal teu meu transporta;

Na sobrevivência, batalhas, enfraquecidos;
Vítimas, cúmplices, culpados, da nossa vida torta;
Celebramos, ANO NOVO, vida nova, esquecidos.

autor
António Almeida
NÃO LAMENTES, HOMEM, O TEU POBRE DESTINO

Não lamentes, homem, o teu pobre destino.
Manda-o, pro caralho, já... agora... de corrida;
Não fodas, um segundo mais, a tua própria vida,
Se assim não o fizeres, serás um pobre peregrino.

Eu acho... homem... que já não és menino!
Que receias? Tens medo? Ah!.. Sim... duvida;
Olha que até o cão, se mal se sente, está de ida,
Não te lastimes, que não é de homem com tino.

Como é incrível, seres tão cobarde, imagino,
Pois assim, te ensinaram, assim fazes, de seguida;
Destino, não é uma questão de dádiva do divino.

Porra... é uma questão de escolha, busca, lida,
Irra... caralho! És impertinente! Que esperas? Cretino,
Continuas a não ouvir, que mais queres? Homicida.
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autor
António Almeida