DÁ-ME UM ABRAÇO MEU AMOR PHILÉO


Se, tenho tanta glória em celebrar-te,
É que por ti que és a minha vitória sou teu.
Foste uma obra nas minhas derrotas a escutar-te,
Um livro de amor e salvação que ninguém leu.

Se, grito por bem ao mundo amar-te,
Digo por certo que não grito só por te quer meu.
Quero é que o mundo de par em par ao observar-te,
Que te ame tanto ou mais do que te amo eu.

Que prémio quero eu mais que conservar-te,
Se de voz em voz vivem mentes viradas a um céu
E não querem olhar para o semelhante seu.

Prefiro se mal que me quero bem adorar-te,
E sem palavras divinas sentires o amor de um ateu:
Dá-me um abraço meu amor philéo.

autor
António Almeida