NÃO LAMENTES, Ó MULHER, A TUA VIDA


Não lamentes, ó mulher, a tua vida;
Mulher, tem sido na descriminação, a culpada;
Forma mal os filhos, não quer ser julgada,
E dos erros do passado está distraída:

Mulher foi menina, e menina a casa lida;
Menino por menina, na casa não alcança a enxada;
Mulher ensina, mulher ser, restrita, esforçada,
Homem virtuoso, falocrata, não margarida:


E essa gente famosa, que muito fala, sem medida,
Entre outras mil vaidosas, que falam muito, e não fazem nada,
Formeis bons homens hoje, para amanhã não ser a partida.

Toda a mulher é, não fiques duvidosa, acusada,
Deveria a seu bem, incutir nos filhos os defeitos, destemida,
Mas induz-os com mais vícios. E, reclama da asneirada.


autor
António Almeida

Sem comentários: