COMO AMO-TE?...


Como amo-te?... Vou-te dizer,
A feição. Em poesia, com toda a paixão.
Abrandando mais o ritmo do coração,
Num fervor de loucura a conter.

Amo-te!... Como eu fogo, ser,
Que flameja. Sem saber, sem explicação.
Correndo vales e serras; uma vastidão,
Que ninguém consegue deter.

Amo-te! Com ânsia, desejo, prazer,
De chama viva e mais vida; um clarão.
Que arde sem se ver a arder.

Fala - não sente. Amor, é ter, sem obsessão,
Anda dentro do coração de toda gente; é querer.
Amo-te! Sem precisares de saber a razão.

autor
António Almeida