TENHO NAS MÃOS A VIDA

Tenho nas mãos, a vida, 
E no meu coração louco, ardor. 
Voo por entre sonhos sem medida, 
Com uma imaginação fértil bandida, 
Por te querer amar sem pudor. 

Não sou águia batida, 
Nem tenho astúcia de condor. 
Mas sei, que sou uma ave perdida, 
Que te quer nas garras concedida, 
Sem te provocar dor. 

E no meu corpo, estendida, 
É me igual, que faleças, num clamor. 
Pois vais morrer um dia, querida, 
Que vivas de amor possuída, 
Para não morrer o amor.

autor
António Almeida

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