QUANDO OLHO O TEU OLHAR EU VEJO

Quando olho, o teu olhar, eu vejo,
Essa maldade, provocadora, de me olhar:
É certo, que te quero assim e muito mais, te desejo,
Que nem no momento, tenho mente para bem pensar.
Não sei, se é de alegria ou de prazer, que pestanejo,
Ou de tanta paixão em mim, a te a admirar;
Esse olhar teu, que o meu pobre rastejo,
Por tanto, certamente, te amar.

António Almeida