HÁ PAIXÃO NO MEU SER POR TI LOUCO
Há paixão, no meu ser, por ti louco,
Nesta ânsia, de tanto te desejar, amor te juro.
Tenho o coração, por tanto gritar, rouco,
Nos momentos em que te procuro.
Uma mente, ulcerada, que nem ouço,
A carne crucificada, neste calvário, bem duro.
Sem pensar, se o silêncio, de mim faz pouco,
Deste meu amor demente tão puro.
Não me digas nada, que eu estou mouco,
Neste sentimento forte, por ti, que não curo;
Sou um preso inocente, num calabouço.
Que não se importa de ser julgado, apuro;
Pode a minha pena ser a máxima - tampouco:
Não vou renegar o amor - te a seguro.
autor
António Almeida