EU SEM TI NÃO SEI VIVER


Eu sem ti, amor, não sei viver;
Sou um pobre humilde homem a morrer;
Arrastado na ansiedade de te quer ver;
Sepultado nas noites sem prazer:

Diluído em álcool puro a arder;
Sentindo o corpo anestesiado a esvaecer;
Nas altas horas para me defender;
Do que tinha para te dizer;

Ó meu amor! Ó meu amado ser!
Entre a minha agonia e o mal trazer;
Destas saudades sem eu querer:

Não me deixes mais conhecer;
A dor da solidão no tempo a correr;
Que foi feita para me endoidecer.


autor
António Almeida